AREIAS

As areias são ásperas

quando tocadas na pele

arrepiada de redenção...

Se misturam ao sal da angústia

que aguarda a espuma da esperança...

Olhar atento no movimento do mar

que arrebenta a noção do tempo,

que se reveste com a roupagem da dor...

As areias do orvalho da penumbra

que machuca a flor rígida,

tesa no seu movimento de se abrir...

Os espinhos que se enterram

e arrefecem a moradia do acalanto

banhados das lágrimas em cascata...

A espera pelo tempo findo

da tortura que enrijece

a carne avermelhada da ação...

Areias molhadas do mar que vêm

terminado o espaço do final...

Desejo... guardião do silêncio!

carline
Enviado por carline em 01/08/2014
Código do texto: T4905933
Classificação de conteúdo: seguro