DESTINO

De tudo,

Só o destino,

Esse constante galope nos chega!

Intransferível,

Seco,

Irônico e brutal

Mãe das velas acesas,

Porta que se inicia no primeiro dia,

Fé das coisas que variam,

E não há forma,

Nem força,

Nem física...

Tudo é destino,

Puro destino!

Tudo é viável,

O gole nessa aguardente nosso,

O soluço que a gente não mostra,

O espaço que a gente roça,

A tragédia nosso,

O drama,

A sorte que se possa,

O amante que se goza.

Tudo está;

Destino!

Roupa nova que vesti o cadáver, menino!

Tudo é tocha;

Destino!

A desgraça que chega, quando fugimos!

Tudo é lógica;

Destino!

Será da terra, nosso, mas belo tecido!

Tudo é destino,

Tudo!

Destino;

Cruel das coisas!

Destino,

Sombreiro do provável!

Destino, tudo é destino...

Caí,

Levantar,

O instante,

O mágico,

O absurdo; cria, mas bela do destino!

Tudo é destino...

Tudo!

Bendito seja eu!

Que renega,

Tudo que é destino!

Severino Filho
Enviado por Severino Filho em 01/08/2014
Código do texto: T4905399
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