Purificando as mágoas
Imenso horizonte é o vazio.
Vislumbro coisas que já não conheço.
Estou perdido, assim, do avesso.
Imerso nas correntezas de um rio.
A visão turva pouco me permite,
e a sanidade de mim anda afastada.
Vislumbro o vazio, um imenso nada,
é pouco em mim que a razão admite.
Sôfrego coração, descompassado e aflito.
Deliro na inconstância de um novo conflito.
Expurgo as fantasias que nunca cessam.
Perdoo meus pecados, que em mim confessam...