DRAGÃO IMAGINÁRIO

DRAGÃO IMAGINÁRIO

Perdido no labirinto mais confuso,

Próximo ao córtex cerebral e estou.

Vejo brigas e tempestades elétricas,

Quero matar seres do meu passado,

Escorrego nas asas de meu dragão,

Fujo pelo sulco cingulado com medo.

Demônios estão às espreitas no escuro,

Apenas os raios da tempestade é luz,

O dragão me acalma, pois ele é foca,

Enquanto sou frágil e ágil como um boto,

Sou cetáceo que passa pelos lobos,

Lobos temporais, mesencéfalos e raios.

Como há raios neste meu mundo louco

E meu dragão tenta me acalmar

Apenas choro com medo de tudo queimar

Cada passagem um pequeno forame

Comissuras e sulcos eu a deslizar

E as estruturas elétricas nada me ajudam

A explicação não está na maldita física,

Nem na geografia desde meu mundo,

Nem muito menos na minha química,

Química que gera eletricidade e assusta

Resta apenas acreditar que aqui

Eu e o dragão estamos no lar de algo maior

Estamos no lar da fagulha de Deus

O lar de minha alma...

André Zanarella 24-03-2103

André Zanarella
Enviado por André Zanarella em 01/08/2014
Código do texto: T4905009
Classificação de conteúdo: seguro