ELA HARPIA
 
Os olhos do
Observador
A vítima congela
Um pouco
Caminha
Mal sabe que sua dor
Será a mesma
Do outro
Que vaga vistas
Na tormenta
Onde o vento
Vem devagar
Dançar a valsa alada
Que asas descem
O que entre a chuva faz
Mergulhar
Com ardor sedento
Um silêncio violento
Se faz dor
Pra quem não tem fome
O mesmo nome
Daríamos
Ao sorriso desesperado
Da gazela
Em meio ao mato
Dourado da tarde
Bronzeada de morte
Desta a vez a sorte
Não ficou sobre a terra
Mostrou garras
Que levam “prato servido”
Bocas abertas
Tudo bem vindo
Onde se nota sossêgo
É outro martírio!