Chega de poesia
Chega de poesia.
Quero o café com leite
de manhãzinha, pão fresquinho
com manteiga
Tolha de linho bordada,
xícara de porcelana pintada,
umas flores nos vasos,
podem ser violetas, margaridas,
que eu quero deixar pra bem longe a poesia
e fartar-me de vida!
Depois, quando der a hora,
quero reler aquele livro
que fala de ontem, nunca de agora
- que o agora é sempre esquisito,
e prefiro ler sempre vidas
de quem caminhou sem ser visto.
À tarde, sob aquele cedro imponente
quero comer um sanduiche
talvez um cachorro-quente,
mas tudo sem poesia.
Sob o sol de inverno,
mando a poesia mudar de casa.
Estou cansada de refletir.
Preciso de um tempo pra ser,
ou só de um tempo pra dormir.
----------gente amiga, vou ficar um tempo sem postar. Um grande beijo a todos, estarei sempre lendo os amigos assim que der.