TÚNEL

o vendaval arromba a alma neste instante...

o túnel é eterno na metamorfose dolorosa...

o tártaro corrói a vontade, o desejo...

um grito saído das entranhas,

se perdendo no abismo do silêncio...

no morrer e no se perder de cada dia...

o tempo permanece sempre,

esculpindo de forma perversa e abominável

o tempo que estaca...

Está talhando o sofrimento infringido

o sentido sem sentido...

Destino cruel!

A alma implode na tempestade...

entrega crente e doada...

grito o sentido e o esparramo pela terra,

fincando raízes que germinam no coração,

florindo a emoção emocionada de estar...

Não há o remorso da não realização agora...

Estou e posso sobrevoar

todos os lupanares da existência da carne humana...

O túnel é infinito tentando arranhar a entrega...

A fala sem palavras que o olhar faz chorar

na lágrima vermelha que circunda o túnel...

Afogados e deslumbrados na dor que se ergue

em nome de ti soberana de mim!

carline
Enviado por carline em 30/07/2014
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