Poesia em Vozes de Silêncio

Eu me calo e engulo o desejo

de um beijo e da poesia,

eu me calo e contemplo o fim do dia

mesmo que seja um instante lúcido.

Em silêncio eu escuto o silêncio,

almas caladas despidas do ócio,

mentes que voam céus alienígenas

enquanto na folha o suave farfalhar.

Em silêncio contemplo a morte

e caladas as vidas sem pressa se vão,

algumas deixam histórias reais

outras somente a saudade e uma alucinação.

Eu me calo e vislumbro o crepúsculo

de um dia gélido como a flor do mar

e é um horizonte de nova aquarela;

aquarela singela com as cores de amar.

Eu me calo e as mãos correm vocábulos

que descrevem minúcias de um vendaval

que varreu para longe as trevas e o mal;

eu me calo e fica a sensação de uma paixão.

Jonas R Sanches
Enviado por Jonas R Sanches em 30/07/2014
Código do texto: T4902369
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