Espaço

I

Fadados ao mesmo destino

de calarmos e sermos calados

enquanto um mergulha na própria razão

o outro sofre a seca da solidão

e ambos solitários

II

Quem dera deitar e dormir logo

não deixar que a mente sofra

a dureza dos nossos diálogos

dá um aperto no coração,

hoje um pouco mais apertado

III

Eu pego meu barco

e navego no mar da tua razão

cedo às tuas águas,

porque passo sede na terra da solidão

e sem tripulação

capitã do meu próprio coração

vago sem rumo

em corações vagos

à espera de encontrar no teu

um espaço

SkyFolks
Enviado por SkyFolks em 28/07/2014
Código do texto: T4900338
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