o canto das profundezas

um atlantico de aguas caudalosas

rompe a paisagem sob a tutela de um céu castanho

metálica, tétrica malha cinzenta

a alvorada mais pura e dourada parte do céu insólito

invisível do nosso recondito e acanhado íntimo

Através da escuridão, nada teríamos que temer

não fosse as viroses de nossas mais terríveis misérias

não fossem tantos os demônios injustiçados, não fosse a mazela do egoísmo

os arcanjos descem estratosféricos e lhes convidam as propinas

fecho os olhos para enxergar e deixo os ouvidos fluírem como riachos

desimpedidos em dias de verão tropical, procuro a calma do diamante na paz das trevas mais profundas

daniel mafra
Enviado por daniel mafra em 28/07/2014
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