Estresse

Nossas maluquices são retratos da carência

Que o ego enfrenta nos declives da vida...

Nossa sintonia com o universo é falha

Porque a introversão bloqueia o sensitivo.

Há momentos em que desconhecemos o eu

Que existe e sobrevive solteiro em nós...

Quem nunca se perguntou: “Fui capaz disso?”

Quem nunca se inquiriu: “Será que consigo?”

A ausência de comunicação é tão intensa

Que os extremos “interior” e “exterior”

Parecem falar em idiomas tão distintos

Que o entendimento fica a mercê das hipóteses...

O mundo exige que sejamos deveras pragmáticos,

Não se encontra tempo para reflexões íntimas

E quando as horas nos doam alguns minutos

Simplesmente boicotamos os pensamentos...

Covardia? Absolutamente! É que navegamos

Pelas ondas do cansaço mental e a exaustão

É a plataforma que conduz a mente ao repouso

Para que tenhamos força para o dia seguinte...

O relaxamento é indispensável ao equilíbrio,

Todavia viver tornou-se aventura e coragem...

As técnicas do espreguiçamento são volúveis

E a concentração para o descanso é fantasia...

Uma boa música ou um filme interessante

Ajuda a combater o inconveniente estresse,

No entanto é necessário banir o cotidiano

Que nos apoquenta e faz vibrar preocupações...

Bom é quando se pode curtir inteira a natureza,

Tê-la perante o olhar durante horas seguidas

E mergulhar com consciência no âmago enfermo

E retirar de dentro de nós as ervas daninhas...

Um diálogo proveitoso com pessoas inteligentes

Igualmente coopera na restauração da anatomia

Que necessita de voltar a acreditar na existência

Para que o sonho de ser feliz se torne realidade!

Ivan Melo
Enviado por Ivan Melo em 26/07/2014
Código do texto: T4897927
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