Estrofe das dores
Estamos pra nos despedir,
Vendo o mal evoluir em toda cidade.
O que se pode definir?!...
É que o amanhã,
Adverso da esperança será o caos.
Pois há tanta necessidade.
Que a miséria passou a ser fundamental.
Homens de latas,
Homens de capas,
Homens de nada;
Homens de lugar nenhum.
Sem escrúpulos,
Aos poucos vão metamorfoseando,
Em pó;
Em fumo;
Em álcool...
Chegam e se fundamentam.
Mutantes em vida,
São drogas,
São vícios,
São Zumbis da modernidade.
Fazendo do mercado,
O mais comum na sociedade.
Há tanta oportunidade,
Mas há sempre alguém,
Além das ambições,
Querendo ser rei,
Sem saber de nada.
Sem compreender,
Que a água envenenada,
Passará nas minhas veias.
Matará as minhas vacas,
Provocando a queima das minhas flores.
Se o deserto sou eu,
Eu farei o deserto.
Tão certo,
Que a luz depende da escuridão;
Que a hora dessa insanidade matara a civilização.
E quando se der conta, para o perdão,
Pouco restará para se fazer a solução.