Dona Zica,

Chuva na casa,
De Dona Zica,
A coitada fica,
De balde na sala,
Tentando conter,
As águas que caem,

E quem sabe talvez,
Algum dia ela consiga,
Que esse pinga-pinga,
Cesse de uma  só  vez,

E assim resolva parar,
De molhar todo seu sofá,
Estampado  comprado,
Somente pra receber ,
O Sol , astro iluminado ,
Como ilustre convidado,

Que prefere fazer desfeita,
E ainda tem a petulancia,
De insistir em se esconder ,
Por entre as nuvens cinzentas ,
E todo temperamental  gosta ,
Sempre de agir como tal,


E sobra mesmo  pra Dona Zica,
Ouvir o barulho irritante, 
Daquele pinga-pinga...
E junto dez prestações acumuladas,
Transbordam e enchem  sua cabeça ,
E  nada, nada  de  se  ver o Sol nascer...



Marcia Carriles
Marcya Carrilles
Enviado por Marcya Carrilles em 26/07/2014
Reeditado em 26/07/2014
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