chuva com incenso

o perfume do gengibre

enlaça o frio descalço na maestria dessas fumaças

e as especiarias silenciam o malabarismo rotineiro da noite fria

há chuva na janela que está no chão do tapete sentimentos

e esse vento permanece forte pulsando nos pulsos da cordialidade varrendo todos os pós e os nós de todas as cabeças,

pois quando eu jurei meu amor, eu permaneci no mundo

e eu não trai a verdade, justamente, porque eu falei do amor

com os pensamentos no silêncio das grandes salas que exalam

a cor da canela e o sabor do tempo

Cintia Gus
Enviado por Cintia Gus em 16/05/2007
Reeditado em 21/07/2007
Código do texto: T489646