Casulo dos teus versos
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Sigo...
E prossigo,
metamorfoseando-me.
Transformando o mundo,
despetalo teu casulo,
decodificando signos.
Não consigo voar.
Minhas asas não singram.
Resigno-me e me recurvo.
Abre-se uma tela obsoleta.
Escuta-se o exórdio de suave retreta.
Luzes denunciam um banquete;
surge um homem reticente...
Sem delongas,
retirando do cartão um presente,
ele anuncia:
‘Que delícia de presente!’
Na capa,
em letras angelicais,
sobressai-se a inscrição:
‘Signo da borboleta’
E do meu sonho,
fatiado em asas ilusórias,
devoro o primeiro verso,
ressignificando tudo.
Iguatu-CE, 24 de julho de 2014.
20h25min
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