Casulo dos teus versos

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Sigo...

E prossigo,

metamorfoseando-me.

Transformando o mundo,

despetalo teu casulo,

decodificando signos.

Não consigo voar.

Minhas asas não singram.

Resigno-me e me recurvo.

Abre-se uma tela obsoleta.

Escuta-se o exórdio de suave retreta.

Luzes denunciam um banquete;

surge um homem reticente...

Sem delongas,

retirando do cartão um presente,

ele anuncia:

‘Que delícia de presente!’

Na capa,

em letras angelicais,

sobressai-se a inscrição:

‘Signo da borboleta’

E do meu sonho,

fatiado em asas ilusórias,

devoro o primeiro verso,

ressignificando tudo.

Iguatu-CE, 24 de julho de 2014.

20h25min

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Nijair Araújo Pinto
Enviado por Nijair Araújo Pinto em 24/07/2014
Código do texto: T4895176
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