CHUVA
(Sócrates Di Lima)
Olho o céu escuro,
Como se a noite se antessipasse,
O tempo me parecia prometedor,
De um dia chuvoso por aqui...
Segui a Rodovia Anhanguera,
O tempo estava esquisito,
Mas, quando cheguei em Jardinópolis,
A chuva chegou junto comigo.
Senti o cheiro de terra molhada,
Como havia tempos não sentia,
Lembrei da minha jornada,
Quando pegava a estrada,
ao encontro da namorada...
De repente veio a nostalgia,
Parecia que aqueles momentos eu revivia,
Pela Rodovia Anhanguera eu ai..
Quando então chegava o dia.
Como as coisas são,
do nada, a saudade aparece,
Como se a chuva tocasse o coraçao,
E o vento trazendo o que a mente não esquece.
agora, estou aqui...
Como estive tantas vezes...
Fazendo as coisas que sempre fiz,
Toda quinta-feira de cada semana,
De cada mês...
Então deu-me uma vontade louca,
De sair á chuva e tomar um banho dela,
Mesmo com gravata, paletó, bem alinhado,
Nem me importaria essa sequencia,
Se não tivesse por aqui,
Que fazer uma audiência.
Mas, quem sabe,
Ao final da tarde,
se e a chuva continuar,
farei o que meu coraçao deseja,
e matarei, enfim, esta vontade,
em forma de saudade.
Jardinópolis, 24 de julho de 2014.