PERDI-ME!

Perdi-me na poesia entre um fado

Soltei as cordas da guitarra

Pulei, corri de lado em lado

Até chorei em tom magoado

E cantei depois…como a cigarra!

Perdi-me num poema à tardinha

Deixei escorrer a tinta, tal artista

Pensando que a viola fosse minha

Compus tal melodia que continha

Os sentimentos sóbrios de um fadista!

Perdi-me em mil trovas e esperei

Poder-me novamente encontrar

Nas palavras mais belas que te dei

Porque é nelas que sempre saberei

Qual é o sentir…do verbo amar!

Perdi-me em Primaveras floridas

Nos campos que me viram nascer

Rendi-me a memórias já esquecidas

Pintando de vivas cores, as nossas vidas

Entregues a um tempo de prazer!

Perdi-me na cidade e decidi

Rabiscar os cânticos ancestrais

Naquelas saudades que senti

Dos dias tristes em que te não vi

Porque se não estás…não são iguais!

O Poeta Alentejano
Enviado por O Poeta Alentejano em 24/07/2014
Código do texto: T4894190
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