Jovens velhos

Jovens de ontem,

o ontem de velhos.

Velhos de hoje,

o hoje de jovens.

Ou vice-versa?

Quem sabe?

Jovens numa juventude,

de cadavéricos ares,

pelo todo anseiam

e singram pelos mares.

Mas não alcançam

seu objetivo, não, em tempo algum.

Porque essa é a sina

de todo vivente, triste lundum.

São tão novos

e fazem tudo parecer tão velho.

São anciões, em verdade,

mais antigos do que um escaravelho.

Jovens, jovens,

Logo mortos-vivos serão.

Na última jornada da barca de Caronte,

porque jovens velhos são.

Jovens de ontem,

o ontem de velhos.

Velhos de hoje,

o hoje de jovens.

Ou vice-versa?

Quem sabe?

Mauricio Duarte (Divyam Anuragi)
Enviado por Mauricio Duarte (Divyam Anuragi) em 23/07/2014
Código do texto: T4893726
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