ASILO DE AMOR
(Sócrates Di Lima)
Ouça a canção do exilio,
Não me deixe longe da sua vida,
Morada do meu coração,
dá-me asilo no teu corpo,
Guarida na tua paixão,
Asila-me nos seus braços,
No aconchego das tardes tristes...
Nas noites de suas aflições,
Nas madrugadas chuvosas,
nas suas inspirações....
Ouça minhas cantigas,
Enredos da minha vida,
Que embala minha peregrinaçao.
Dá-me asilo nos seus olhares,
Na beleza do seu sorriso largo,
Afaga minha alma com suas querências,
E de amor encha meus lagos...
Nunca me deixe chorar,
No transbordo do meu coração,
Nunca pense em me abandonar,
Nas estradas e em sua escuridão....
Mas também, nunca chores por mim,
Nem se lamente,
Nem se entristeça,
Que por mais que a saudade aborreça,
Não pereça, os seus desejos.
Dá-me asilo na sua alma,
nas sombras das suas visões,
Abriga-me dos sóis da solidão,
E deixa-me segui-la,
Sem qualquer explicação.
Dá-me sua mão....
Erga-me das minhas vontades nuas,
que se arrastam pelas ruas.
E sob das teias das luas,
Amarra-me nas suas estrelas,
Mas não deixa-me ir embora,
Para um exilio qualquer,
Faça como os ventos d'agora,
Asila-me no seu amor, mulher.