A ESCOLA DE ITAPUÁ
FRANCISCO DE PAULA MELO AGUIAR*
Na escola do Engenho Itapuá
Guardo na lembrança alguém lecionando com amor!
Em minha mente de criança
Ficou a lição da imagem firme.
Foi ali que a professora nasceu, viveu e morreu.
A imagem da lápide de terra batida
Da mulher de gênio forte!
Figura ainda hoje no meu imaginário.
Tomava a lição dos alunos
Em voz alta e em bom som
Gostava de cantar, rezar e ler bons textos.
Parecidos com os da preferência de minha mãe.
É verdade, neste tempo de nossa história
As tipografias imprimiam com doce chumbo
Poemas fascinantes e inexorabilíssimos.
Eu gostava de conversar com a professora Biá
Tinha medo de sua palmatória também.
Ela sempre trazia certos escritos: em versos e em prosas.
Nos seus últimos dias de vida
Sempre estive ao seu lado.
Tentando compreender o silêncio e a honradez.
Da professora e vereadora de São Miguel de Taipu.
Hoje nada sei se a terra que ela serviu
Lembrou-se de escrever seu nome em uma rua
Por menor que for para servir
De indagação e interrogação.
Quem foi à professora Beatriz Lopes Pereira?
Exemplo a ser seguido pelas novas gerações.
Em novembro de cada ano,
Minha professora recebe homenagem
Dos ex-alunos ainda vivos
No Cemitério de São Miguel
Em termos de velas e flores
Bem antes da primavera.
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• Cadeira 7 – Academia Paraibana de Poesia
• Cadeira 1 – Academia de Letras do Brasil
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