Mutilações
quando amei, quis doar rosas
sem achaques e espezinhes
e mutilei muitas roseiras
sem me importar com
o sangue nas mãos.
quando amei, não me importei se
do outro viria amor ou, apenas,
o fogo breve da paixão...
o que importava era ser
uma entrega inteira
quando amei, sai juntando
pétalas murchas do chão.
não me desesperei. o amor
sempre dá jeito de
transformar-se
em adubo para
amigável
afeição.
quando amei, acarinhei mãos vazias
de qualquer envolvente expressão
e doei-me vaso amigo para
dar vida às sobras
das flores
quando amei, entendi que três quartos
da vida são feitos de rejeição
e não houve surpresa,
quando o vaso se
espatifou
no chão
quando amei, compreendi que flores não florescem
em terrenos volúveis e que às vezes
é preciso fechar a janela para
hibernar nm sonho
com possível
primavera.
quando amei, percebi que chorar
em silêncio e no escuro dói
mais que mutilar
roseiras...
sem achaques e espezinhes
e mutilei muitas roseiras
sem me importar com
o sangue nas mãos.
quando amei, não me importei se
do outro viria amor ou, apenas,
o fogo breve da paixão...
o que importava era ser
uma entrega inteira
quando amei, sai juntando
pétalas murchas do chão.
não me desesperei. o amor
sempre dá jeito de
transformar-se
em adubo para
amigável
afeição.
quando amei, acarinhei mãos vazias
de qualquer envolvente expressão
e doei-me vaso amigo para
dar vida às sobras
das flores
quando amei, entendi que três quartos
da vida são feitos de rejeição
e não houve surpresa,
quando o vaso se
espatifou
no chão
quando amei, compreendi que flores não florescem
em terrenos volúveis e que às vezes
é preciso fechar a janela para
hibernar nm sonho
com possível
primavera.
quando amei, percebi que chorar
em silêncio e no escuro dói
mais que mutilar
roseiras...