AO MATAR A SOLIDÃO
 
Foi ver de perto
As amarguras
Das criaturas
Que celebram noites
Com perfume
Repousado
Nos corpos e almas
De outrora
Nas esquinas
Recostadas em muros
Salientes
Perturbados
Com dizeres pouco
Amigos
Mal iluminados
Clima propício
Ao descarado chegar
Enfrentar seu horror
Na certeza
De que  seu pudor
Deverá morrer
Algum dia
Propor a vítima
Seja então
Tão íntima
Que quase podemos
Alcançar
O fascínio real
De estarmos ali
Não só por estar
Ali
E ser um casal
Alucinado
Nas correntes que vibram
Como  “choques de amor”
Choques repentinos
Acabam desfalacer
O sentido
Não quer saber
Do caso proposto
Ao desgosto
Que sai
Sabendo que outro
Dia já será mais
Do foi pra ela
Talvez
Um conhecido
Que almeja
E deseja perturba-la
vê sua fala retocar
Apenas sua maquiagem
Barata
O que custa mais
Caro é ser barata
Pra um mundo caro
De estranhos
Que voltam
A buscar a si próprios...
...foi ver
E se viu insólito.