A caminho do umbigo

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Construímos bancos, chaminés, aço.

Conquistamos mundos, o espaço...

Caminhamos para a fatalidade do fim,

persistindo a indagação do oráculo:

‘Conheces o que há aqui dentro de mim?’

Buscamos distante demais a verdade.

Ousamos julgar, sem lealdade.

Desbravamos universos, sem direção...

Mas o castigo certeiro nos cega:

‘Estamos sempre a caminho do umbigo!’

Conhecemos tudo, do ser e do nada... Pouco?

Somos, da verdade, os assoberbados donos.

Para nossos erros, os merecidos abonos:

impossíveis quando é falha alheia.

‘É razoável jogar dados para os outros?’

O cordão jamais será rompido!

Os cortes sangram, ficam as cicatrizes.

Temos a ingenuidade corrompida;

valorizamos a vida impura da meretrizes...

‘Somos bons ou maus? – ouço alaridos!’

Crato-CE, 21 de julho de 2014.

12h45min

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Nijair Araújo Pinto
Enviado por Nijair Araújo Pinto em 21/07/2014
Código do texto: T4890506
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