a língua
Na cara do dia
O vento
E a labareda
Desperta á porta
Da manhã,
O soluço que vem
Da garganta das árvores
Que balança seus frutos
Como prova
Que a vida dura
Que não engana
E nem disfarça
mão
escrevente
cálida do poeta
nascido aos tapas
Que põe língua
Nas coisas que não
Podem serem ditos
Revela a inefável
Metafísica
Das coisas físicas