HELIOS

Uma poesia para cada angústia de época,

um prego inutilizado em cada lápide assentada.

Mínimo é o tempo gasto em cada lamúria

porque o tempo urge e amanhã tem festa.

O sol é o mesmo, testemunhando sem surpresa

cada invenção linguística que descreve seu curso.

Ilumina amores e overdoses de pretensão,

mas retira-se solenemente de qualquer conclusão.

EDUARDO PAIXÃO
Enviado por EDUARDO PAIXÃO em 20/07/2014
Código do texto: T4889926
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