Docilidade e Ungidos

(18/03/2014)
 
Nos teus lábios
Sinto o doce sabor do mel
Nem tanto pela delícia dos beijos
Mas pela docilidade das palavras
Que fluem de tua boca.

 
É o sussurrante coração meu
quem fala por mim
ao inspirado coração teu.
Palavras de amor
que ele tanto preza,
que por épocas as guardou,
para no instante preciso as clamar
com simpleza, beleza e clareza,
aos sentidos teus.

 
Na tua pele sinto a maciez da renda,
Senda, que me leva
A desbravar teus esconderijos.

 
Meu coração entusiasta,
pleno,
feliz,
repleto,
bem ditas palavras dita,
ordenando minha boca as repetir
pertinho do ouvido teu,
intencionando tua pele arrepiar,
teu pulso acelerar
e teu sorriso apreciar.

 
No teu coração há a cura
Para quando o mal assolar o meu.
No teu corpo, há loucura
Que deixa controlada a minha.

 
Ohhhhh, benditas palavras de verdade,
que à distância promovem o entendimento,
a junção,
o entrelaçar de nossas mãos,
enastrando nossas vidas
com fitas lindas, coloridas,
guiando-nos pela senda,
pela senda iluminada.
Senda virtuosa,
fortificadora, fortificante.
Senda permitida a poucos,
consentida e concedida apenas
 aos seres de luz.
Aos seres vestidos de branco,
ornados e purificados em unção.
Aos seres de si cônscios,
untados,
ungidos
pelo amor e pela paixão...


 
Marlene Toledo e Escreverati De Luca
Para esta poesia fiz um áudio "vestido" com a música "Velha Infância" dos Tribalistas. Para o ouvir, clique aqui ou no link abaixo.
(imagens obtidas da internet, todos os créditos e agradecimentos aos seus criadores e proprietários)