UM CORPO FRIO
(Sócrates Di Lima)
Há na noite um silencio...
Um corpo resfriado pelo clima,
talvez carente, talvez inquieto....
A espera...
espera de um corpo aquecido
para se expandir no desejo de dois...
Longe,
em algum lugar de algum pensamento.
Há na noite um silêncio,
Profundo, como sempre
Sedento, talvez...
Apenas o sonido do vento,
que açoita a janela,
Qerendo entrar,
Talvez trazendo alguma mensagem,
Algum abraço,
Algum calor....
Um sopro de vida!
Um corpo frio que navega,
No mar das incertezas...
Das distâncias perdidas,
Nos caminhos tortuosos.
Há um corpo que cai,
Sem cair....
Que penetra ás entranhas do só,
Como o vento que não se esconde,
Mas ás vezes se faz brisas,
Para acariciar,
Entrando pelas janelas entreabertas,
Nos sonhos de uma noite silenciosa,
Envolvida,
Em um corpo frio,
A espera de um corpo quente,
Como seu último desafio.