O ÁLCOOL
Tu, ó grande e majestoso álcool,
É que nos dá prazeres momentâneos,
Em noites contemplativas, grassas a ti,
Dormimos a mercê, cheios de enganos!
Quando morávamos nas cidades
Dominadas pelo teu jugo
Éramos os homens mais felizes
Comemorando dias inúteis.
Em noites frias tu é o guerreiro
Mais viçoso e incansável,
Mas derrotado é sempre...
Refrescando algum condenado.
Sei que é o estimulo de muitos,
Dá o prazer para que eles esqueçam
Das mulheres que tanto amavam,
E praguejarem e espancarem a mesa!
Nas mesas expostas ao sol
Segredos se despem sem medo,
Segredos de mulheres, antes fiéis,
Que se entregam a sublimes desejos!