POEMIX

aquele viver

meio genérico

não era original

fazia efeito

mas dava tédio

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vale!

não sei

quem me vale

montanha russa

dale dale

e o mundo

te dando um baile

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espirro

e jogo um r fora

coloco fora do lugar

e respiro

expiro

e boto o ex pra fora

piro apenas

e nada digo

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POWERPOEM

seu novo app

de fazer poesia

insira uma palavra

aqui

aqui sairá

o seu poema

em 3

2

1

fim

(clique para reiniciar)

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palpite na vida

como o palito

palita os dentes

aos poucos às vezes

cuidado pra não sangrar

e só de vez em quando

se espetar estraga

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humorrido

qualquer piada não pode

ou é processo garantido

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tudo é melhor

quando surta

quando é muito louco

(muito doido boy!)

esse poema

é pra me enlouquecer

tudo é melhor

quando surta

surte surte

surte surte surte surte surte

pra fazer um novo sutra

surte surrte surte

e sua sorte vai mudar

surte sorte suerte muerte

ou viva aí inerte

ou viva são e salvo

no hospício do normal

você que sabe

surtar é sempre

mais legal

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total flex

contorcionismo

do tiranossauro rex

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PRODUÇÃO EM MASSA

Produzimos arte direto. A massa produz arte direto. Eu acho massa. A massa produz arte quando conversa com a massa: arte é entreter o outro. Quando sorri ou faz sorrir o outro que já não sorria: arte é alegrar. Quando a massa grita é o maior espetáculo de produção de arte. Arte é essa vibração. Isso aí mesmo. E meu deus, acredite ou não, mas a massa, e a gente que tá na massa, produz arte até quando produz arte.

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DIJANDO

sou de buda

pra lua

sou dijah

vivo por aí

fazendo dijartes

dijajosidades

(dijei!)

e aconselho:

não se superexponha

a tanta dark(dija) matter

você pode acabar

com dijabetes

e aí você dança

(solta o som di.jay

um ritmo aphrodija

pro meu rei!

[é pra dijá!])

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INDIRETA POÉTICA AOS QUEIMA-FOLHAS

sou poeta sim

sou poeta gente

não poeta deus

e meus poemas ruins

fazem minha humanidade

me queimo sim

mas não queimo nenhum

é tudo parte de mim

se o senhor se incomodar

que se arda até o fim

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sossego

só um pingo

uma garoa que seja

pra loucura cochilar

e eu escapar dessa camisa

de forca

um mínimo pelo menos

pra rotina fazer uma siesta

e a vida dar uma escapadinha

pra tomar café

(e prosear)

sossego apenas...

e nada mais que sossego

sou cego, eu vejo

mas sossego é pra cá

um dia chego

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sossega o facho aí

que ansiedade

tá a mais de oito mil

e só o poder do sossego

pode cegá-la

ele chega do nada

e te cala

o sossego é de dentro

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"No abro la puerta...!"

disse a moça

para o outro

olhos tristes

voz quase sumida

na depressão da impossibilidade

quem sabe ele

ao girar a maçaneta

não lhe abriu

para além do sorriso

("Muchas Gracias!")

um portal para o futuro?

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(DES)ORDEM

ao caos tu vai

me proteger

de não ficar

traído pela mesmice

da organização

Dija Darkdija

Dija Darkdija
Enviado por Dija Darkdija em 19/07/2014
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