TROÇOS & DESTROÇOS

Vivendo dos novos troços

E antigos destroços

Que sobraram da festa vã

O povo apeado em terra

(Bom cabrito não berra)

Já prepara o amanhã

Que por certo é outra festa

Até injeção na testa

De graça o povo quer

Sem olhar pra quem lhe rói

Sua desgraça ele a constrói

Num sorriso de mulher

Que canta e decanta

Sua maestria tanta

Para enfim usufruir

O produto melhor na bateia

Não importa se piaba ou baleia

E no fim vamos nos sucumbir

Olhando a tela do invento

Buscando tudo num momento

Na bela prisão domiciliar

Deixa morrer o vocabulário

Com medo morde o salafrário

Que lhe roubou um celular

Objeto e arma em punho

Me faz vítima, culpado e testemunho

Desse tempo tão giga moderno

Vivendo nesses destroços

Da humanidade e seus troços

Esquecida do nosso Pai Eterno.

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Salvador-BA, 15-07-2014.

Alorof
Enviado por Alorof em 18/07/2014
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