Linhas paralelas


Adeus! Como podes esperar que ainda acredite
Nas tantas juras desse teu amor manifesto,
Em teu gozo, em teu encanto, neste incesto
De minh´alma durante o tempo de nossa lide?

Como posso crer que não foi por vingança,
Por quereres entender que te magoei um dia,
Sem atentar que sobrevivi com minha poesia,
E me entreguei confiante como uma criança?

Julguei te houvesse amplamente demonstrado,
O quanto ainda te amo, tantos planos feitos,
Para um futuro em que te acolheria no peito
E comprovaria o quanto eu tenho te amado.

Já que se assim o queres, ora assim o faço,
Eu permitirei que sigas teu próprio caminho,
Mesmo vazio, sem sentido, amor ou carinho,
Viverei distante, sem o aconchego de teu abraço.

Se sentires seqüelas do tempo em que fui teu,
Em que julguei também fosses minha, só minha,
Procura-me, pode ser que me encontres na linha
Paralela de nossas vidas, e, sem mais ... Adeus!
LHMignone
Enviado por LHMignone em 18/07/2014
Reeditado em 18/07/2014
Código do texto: T4887146
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