ATO SUFICIENTE
 
Frutas cortadas
Em cima de um
Vaso quebrado
Servia ocasiões
Sem sermões
Por que a vida
Não lhe faltava
Abrigo
As causas
Causadas
Dos contos
Sem contos
Dos amigos
Viviam depois
Antes de partir ao
Sono
Pra depois acordar
De qualquer sonho
Possa então erguer
Os mesmos cacos
Talvez
Também possa
Arruma-los
Servir outra posse
Podendo ser água
Ria de si mesmo
De ficar a esmo
Se divertindo
Com a pobreza
Vista de fora
vinha a firmeza
Da compaixão
uma estátua
tão fria
caixão de coisas
supérfulas
pra ele diziam
queriam beber
sua raiva
deslizar a larva
de um vulcão já extinto.