Na dose certa
Meu versar raiando o dia
traz a brisa da manhã,
que o descanso me apraz
como o cheiro da hortelã.
Meu olhar amarronzado
meio arisco, vezes meigo,
quer descortinar o breu,
pra dosar o meu chamego.
O meu eu ainda insiste
ter a crença do normal
ser o âmago da retórica
e amar ao natural
Meu desconfiado jeito
mineiresco e caboclinho,
quer manter-me ao afresco
dos amores e dos carinhos.