Das coisas do poeta
O poeta busca ter a exatidão do tema
vive entre o dilema e a convicção da vida,
nem sempre pode consertar os erros do agora,
então inventa desenhar um novo enredo,
tenta construir uma nova e outra história.
O poeta é um bobo que se apega à emoção,
e quase sempre em contramão se perde,
no contra censo dessa lógica se deprime,
e muda o curso discursando outra memória.
O poeta procura a fantasia do absurdo,
e vive mudo enclausurado na retórica,
procura pela paz entre a conspiração da guerra,
e como fera acuada, impotente sofre e chora.