Inocência

Certamente a mudança

Nem sempre é evolução

Assim como o progresso

Independe da proporção.

Críticas que me acompanhem!

Pois guardo hoje a mesma essência

Dos outros dias, dizem gloriosos,

Cobertos de fé e inocência.

Deus sabe como aprendo diariamente

E a realidade não me tornou mais corajosa,

E as decepções não me tornaram mais veemente,

E a aprendizagem não me fez menos carente

De calor humano,

E não preveniu minha repulsa

Por gente prepotente.

Mas para o espírito custa crer

Que não haverá saída

Que não haverá fuga

Para uma rotina sofrida.

E eu espero aquele me fará sorrir

Ou morrerá na persistência

De me causar sentimentos bons

Mesmo que os males do mundo

Declarem guerra à nossa indiferença.

E não me ensinará sobre a vida, apenas,

Como tantos,

Quão perigosas são suas vias.

Eu não quero ter que lembrar disso

Todos os dias.

Quero recordar a esperança

Dos momentos de criança.

E se alguém novamente me fizer chorar,

Quero gritar ao mundo minha independência

Pois quando a preocupação de todos

Era com o que poderia os conter,

Eu, na minha reles inocência,

Não desejava crescer...

Nem mesmo imaginar o futuro.

Eu, sim, pude sorrir livremente

Diante um solitário anoitecer

Sem sentir medo do escuro.

17/07/2014

Kendra Hintze
Enviado por Kendra Hintze em 17/07/2014
Reeditado em 21/05/2015
Código do texto: T4885566
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