A viagem

Na passagem...

Curiosidade;

Adolescentes jovens,

Encurralados, com os dedos na estiagem...

Bar, noite, solidão, má associação ou amizade.

Vínculos no vicio,

Falsa idéia de mundo - liberdade.

Aflorada na libertinagem,

Liberação do corpo sem maldade.

Crianças conhecendo a fogueira da cidade,

Saturando a veia com puberdade.

Sem querer saber,

Misturam a cabeça,

Com erva queimada,

Álcool e êxtase...

Pó alucinógeno e selvagem.

Para voarem descobrindo reis e demônios,

Na festa, do faz-se o que quiser.

Corpo refém,

Valsas sem regras,

Numa sociedade que só diz amém.

Numa nudez predisposta a qualquer sexo,

Cujas forças exaurem-se pela necessidade.

É a loucura da insanidade,

Proposta como essencialidade.

Numa de instinto,

Numa ira de ida sem idade.

Abusa-se da efemeridade,

Pari-se homem ou feminino,

Senhor da diversidade,

Numa busca da egomoralidade.

Cedo se sai inconsciente atrás da mortandade.

Negar seria excluir o orgasmo da necessidade,

Quase como se omitir da intelectualidade.

Na verdade...

Além da ignorância,

Além do paraíso artificial,

Cujas fantasias são fantasmas,

Em ciranda de um inferno,

Que se não mata, escraviza sem piedade.

Destrói não só o ser como quem assume a paternidade,

Não filme em família.

Na noção, entre a arte ou essa bobagem,

Tem-se a conta de que é pura vaidade.

(com base no filme paraíso artificial)