abstrato
Amai o inexplicável
Sem mais questões
Não emplacam os que
Não respiram o ar
Deuses Shakesperianos
Bocas quase unidas
Narizes desenhados
A paixão habilita
Os corpos inertes
Ao amor sagrado
Paixão que verte
Paredes de estrelas
Apreciando almas
Cruzando olhares
Roçando palavras
Pescando odores
Galgando espaços
Inesgotável sentir
Fontes d'água
Fecundas bocas
Que se entregam
Que se aquecem
Que se molham
Que se entorpecem
Que se beijam
Gesto produzido
Gosto tão eternizado
Universo Salvo...