Moça flor


Moça flor,
Quero desnudar-te de cada uma das peças
Que cobrem indecentes o corpo teu,
Abrir as pétalas de tua rósea rosa,
E até mesmo antes que reagir possas
E que ávida, plena de amor, então peças,
Me acolheria em teu virgíneo gineceu.
Recolheria nos ares teus feromônios,
Que me convidam a sugar o doce néctar
Que emanam de ti por sob teus floemas,
Que me transmudam de anjo em demônio,
Que cativam com o flóreo cerne de teu amar
E se deslumbram comigo em meus poemas.

Moça flor,
Qual beija flor beijarei tuas aréolas,
Sugarei o mel de cada um de teus seios,
Mordiscarei teus doces e flóreos mamilos,
Decantarei o clamor de tua essência,
Enlevado, subjugado pelo ardor que irradias,
Beijarei tuas pétalas como se pura poesia.
Ao colher tuas lágrimas, como se pérolas,
Ao ver que sempre foste fim, não meio,
Com estilo, tocarei suave teu pistilo,
No linguíneo devassar de tua carência,
Ao descobrir-te circundada em cilíolos,
Confessarei: Moça flor, realmente és o amor.
LHMignone
Enviado por LHMignone em 15/07/2014
Reeditado em 02/09/2017
Código do texto: T4883008
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