No cárcere alma
No cárcere da alma
Algo lhe chama pra viver
Nos olhos vermelhos e baixos
Refletem a intenção de querer
Não interessa o que não quer se ver
O fenômeno te faz encarnar
Em seu primitivo
Em seu eu fundamental
De desejo instintivo
De carne, sangue e prazer
De saliva, suor, e palavras
E existência dando o mais criativo
Chamado essência, vida, alma
Todas encarceradas, âmago livre
Pressão que alivia à medida que se vive
Anseio por nostalgia
Por momento de sonho intenso
Alma se debatendo
Em metros cúbicos imensos