ANTES DA PRIMEIRA NOITE
Há uma chama
Acesa
Que chama
A Cézar
Invoca impérios
Contidos em mim
Quero possuir
Possuo quem
A mim se entrega
E ama
Há uma chama
Acesa
Que chama
Deusas
Eleusa entre
o filho ainda cego
Meu ego precisa
Do velório
Antes do mártir
Há uma chama
Acesa
Que chama
Enfeza
apague o brilho
Que ofusca
O fluído que sai
Contigo contido
Na emoção
Do “sentido”
Há uma chama
Acesa
Que chama
A besta
Pro sol que queima
E diverte os santos
Em cantos imundos
Banguelas
Pobres da sequela
De crenças avulsas
Há uma chama
Acesa
Que chama
Indefesa
insegura
Tua mão tão alva
Vamos na calma
Que o profeta
Pede que tenha
A chave que insere
pedido que invoca
Abra então a porta
E venha
Há uma chama
Acesa
Que chama
Pra cesta
Ponha licores
Do amálgama
Com rancores
O bocal terá os
Mesmos sabores
Do lençol
Que amará
Ter podido
Nos ter fundidos
Fica a chama
Acesa.