METRÓPOLE EM POESIA

Um entre muitos

nessa massa chamada humanidade

Liquidificador em constante giro

A mesa posta, o banquete servido

Polifonia entrecortada por súbito silêncio

Alguém pensa, alguém chora

Alguém

Na avenida passa um apressado motorista

Olhar assustado, a moça recua para a calçada

Irresponsável!

ouve-se um grito indignado

Silêncio

Olhares atentos admiram a sílfide que passa

Outros, esses femininos,

não se comprazem do mesmo espetáculo

Despeito, arrisca o moçoilo de pele alva

Silêncio

Ao longe um choro

Silêncio

À janela, o pai anuncia

Nasceu!

Aplausos dão as boas vindas