BORDERLINE

Foi ao porão

Depois de ter

Uma conversa

Estranha com quem

Visitava

Trazia deslizes

E coisas do passado

Voltava sempre

Que podia

Na história já lida

Cavernas morcegos

Sonhos do alejo

Com quem dormia

Abre um garrafa

Velha antiga

De qualquer bebida

Amarga

Que é doce ficar

Sem ordem

No escurecido mundo

Das poeiras imundas

Aranhas tecendo

Parece nervos

De um cerebelo

Que se compõe

De insetos

Nada para

Há o diverso

Torna mistério

Por ser muito

Por ser excesso

Volta pra ver o ar

Já úmido da noite

Fica na agonia

Do vivente que ia

Alguém por de certo

Veio e me trouxe

De novo quem

Eu não queria...