Milagre da Lua
A Lua derramava prata
sobre a igrejinha do Carmo
que sorriu para a senhora calma,
calma...
De tanta alegria a pobre
igrejinha repicou em festa
seu velho preto sino. E alma,
alma...
dos escravos saíram festejando
como moleques dançam na chuva
brincando sem pensar no amo
amo...
que lhes provocaram dor
com o chicote, pobreza e aflição.
Era a Lua rezando ano,
a ano
para que o Humano aprendesse Amor,
Amor...
Leonardo Lisbôa
Barbacena, 13/07/2014
Poema para Ange
de Lo.
Nota :
O luar estava tão prata sobre a igreja
de N.S. do Carmo – e esta devolvia
o reflexo com sua iluminação prata-anil –
que a inspiração tomou conta.
O encanto virou canto na forma de Poema.
L.L.