cEGO
cEGO vaga por caminhos tortos,
Prende-se ao som, ao burburinho,
Faz deste seu guia...
E impede de ver, de apenas abrir
Os olhos e ver, o que traduz
O ser...
Faz acreditar que há saber,
Que há conhecimento
No véu de marulho do teu
Mar infindo...
Faz-te ir com as ondas,
E com isso acreditas que navegas,
Mas se não escolhe a rota
Apenas ao acaso te entregas
Sem saber onde chegar.
Então cEGO te entregas às ilusões
Criadas como verdades
Não há encantamento
Na vida, e na realidade
Apenas o entulho do pensar
As arestas do conhecer,
As paredes do saber...
Quais são tão abstratas
Que não impedem
O naufragar...
Quando avança cEGO,
Apenas te afogas em ti