ORGIA

Foi sozinha

Teve que ir assim

Derrepente

Foram artifícios

Os fogos que sentia

Iluminava a frente

entes fantasmas

Que com eles ia ter

Primeiro benzida

Com óleo de zimbro

Mãos asperas

a um toque de sino

o homem do cachimbo

sentado na cátedra

imersa em veludo

preto de seda

pede passagem

desliza uma lingua

ardente

que solta suspiros

frequentes

ela nem precisa dele

se for penetrar

matará toda

sede que veio saciar

o altar está pronto

servos loucos

pra amar

ele se despede

a deixa ainda com

sede

a festa vai continuar.