EM VÃO, ESPANTO A TRISTEZA
Em vão, espanto a tristeza
inscrita nas aragens da brisa
que sopra incessante.
O silêncio nomeia as coisas
que o coração aflito
não sabe dizer.
Tilintam as saudades
em timbres azuis.
Quem não queria um amor,
brilhando nas taças da noite
em travessuras de luar?
Hoje, o riso
das estrelas solitárias
se esconde de mim.
O frio me abraça
e a noite se estende sem fim.
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Inspirado nos belíssimos poemas REINVENÇÃO DA NOITE e PAISAGEM DA AUSÊNCIA, de Kathleen Lessa...