Juventude

Porque vieste assim tão de repente,
E como vieste também te foste, presto,
Que nem mesmo sei se este mero resto
Sobrado existiu ou é divagação da mente.

Tantas vezes me pergunto onde foram
Parar tantos sonhos, tantas esperanças,
Cultivados desde os tempos de criança,
Sonhos que, como nuvens, se evaporam;

Para onde foram os primeiros amores,
As primeiras carícias e o primeiro beijo,
Deles somente restando o imenso desejo
De perpetuá-los em meio aos clamores,

Onde se esconderam os amigos francos,
Os companheiros desta longa caminhada?
Hoje, vejo que deles não restou mais nada,
Só lembranças sob parcos cabelos brancos.
LHMignone
Enviado por LHMignone em 11/07/2014
Reeditado em 02/09/2017
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