Era vida, tinha vida. E poesia...
E o que eu fazia este tempo todo?
Nem sei. Eu paria um poema
Ou esquecia um dilema.
Era uma tarde, talvez, não lembro,
Chovia, se não me engano, ou era noite,
A Lua prateada iluminava o céu.
Ou era dia, talvez manhã,
Quando o dia nem bem nascia.
Não. Acho que era em torno do meio-dia,
Se fosse era quente e eu me lembraria.
Mas eu disse antes que não me lembrava,
Onde a vida estava nem onde a poesia cantava.
E nem sei se estava assim tão quente, só sei
Que era a realidade dura e fria ali fora
E ainda assim havia tanta poesia dentro da gente.
Insistente, inconsistente, impertinente,
De repente...
Mas o que eu fazia? Vivia. E vou vendo, vivendo,
Mas não sabia o que faria se não estivesse escrevendo.
Quer dizer, matando no papel toda a beleza da poesia
Que eu só entendo no momento que a sinto nascendo.
A vida, a realidade, sonho ou verdade, a poesia
Eu me iludia, tanto quanto hoje, ou mais um pouco.
E sempre havia uns versos me deixando louco,
E era tudo o que eu tinha e o que eu tinha ruía.
Quando o eu lírico sofre deste tipo de avaria,
A mente, e tudo o que ela supostamente controla,
Desvaria...
Põe de lado, então, este olhar desvairado
Para as coisas desvairadas da poesia.
E o espanto dessas palavras, põe de lado...
Se tudo der errado, mude de lado, o outro lado
Pode ser o lado certo do lado errado de se ter um lado.
Porque nada é provado, nem a dor ou o medo dela
E é comprovado que a vida tem sempre mais de um lado,
Que o amor não é achado e não se vende no mercado.
E que conselho, se fosse assim tão bom, não era dado.
E se para a felicidade tivesse fila, seria imensa, pensa.
E eu não estaria nem lá trás, estaria de lado.
Que a vida toda que eu tenho imaginado,
Presente, futuro e passado,
Não passa de um sonho mal acabado.
Se eu pudesse voltar àqueles dias, o que fosse vida eu vivia
E o que não fosse, se não fosse, eu rescreveria...
E o que eu fazia este tempo todo?
Nem sei. Eu paria um poema
Ou esquecia um dilema.
Era uma tarde, talvez, não lembro,
Chovia, se não me engano, ou era noite,
A Lua prateada iluminava o céu.
Ou era dia, talvez manhã,
Quando o dia nem bem nascia.
Não. Acho que era em torno do meio-dia,
Se fosse era quente e eu me lembraria.
Mas eu disse antes que não me lembrava,
Onde a vida estava nem onde a poesia cantava.
E nem sei se estava assim tão quente, só sei
Que era a realidade dura e fria ali fora
E ainda assim havia tanta poesia dentro da gente.
Insistente, inconsistente, impertinente,
De repente...
Mas o que eu fazia? Vivia. E vou vendo, vivendo,
Mas não sabia o que faria se não estivesse escrevendo.
Quer dizer, matando no papel toda a beleza da poesia
Que eu só entendo no momento que a sinto nascendo.
A vida, a realidade, sonho ou verdade, a poesia
Eu me iludia, tanto quanto hoje, ou mais um pouco.
E sempre havia uns versos me deixando louco,
E era tudo o que eu tinha e o que eu tinha ruía.
Quando o eu lírico sofre deste tipo de avaria,
A mente, e tudo o que ela supostamente controla,
Desvaria...
Põe de lado, então, este olhar desvairado
Para as coisas desvairadas da poesia.
E o espanto dessas palavras, põe de lado...
Se tudo der errado, mude de lado, o outro lado
Pode ser o lado certo do lado errado de se ter um lado.
Porque nada é provado, nem a dor ou o medo dela
E é comprovado que a vida tem sempre mais de um lado,
Que o amor não é achado e não se vende no mercado.
E que conselho, se fosse assim tão bom, não era dado.
E se para a felicidade tivesse fila, seria imensa, pensa.
E eu não estaria nem lá trás, estaria de lado.
Que a vida toda que eu tenho imaginado,
Presente, futuro e passado,
Não passa de um sonho mal acabado.
Se eu pudesse voltar àqueles dias, o que fosse vida eu vivia
E o que não fosse, se não fosse, eu rescreveria...