A NOVA VELHA VIOLÊNCIA

A NOVA VELHA VIOLÊNCIA

O macho que chega a casa pós-trabalho,

Exige casa limpa,

Filho cuidado e comida no prato,

Não importa que a mulher fizesse dupla jornada.

Ele coça o saco para provar que tem saco,

Por que mais varia isso em publico na sociedade?

Para se afirmar que é macho e tem um caralho?

Ele exige sexo e não seduz a pessoa amada jamais,

Come a “boneca” na esquina por que é macho (rsrs)

Quem é macho ele ou a “boneca” de dez reais?

Quanta ironia meu Deus do céu ou da Terra,

Ele deve ter uma esposa mal comida em casa,

Deve ter uma amante que faz de tudo com ele,

Mas deve gostar de transar com travesti,

Afinal é macho... Ele ou a travesti?

Não dá carinho para o filho,

Pois homem é assim..

Santa velha violência que vem nova com outra roupa,

Mas nos barracos ainda tira sangue e deixa hematomas,

Que sai com putas para poder bater e mostrar a força.

A sociedade louva o macho que é macho perante ela,

Afinal falou de futebol, coçou o saco e tem mulher...

É macho, mesmo que no escuro perdido dê o rabo

E engane a sociedade numa auto-violência homofóbica,

Afinal odiamos aquilo que mais em nós nos incomoda.

A nova velha violência vem de modelos ultrapassados,

Que são renovados com fluoxetina e síndromes mil.

E as falsas liberais mal amadas ainda querem um macho,

Não querem um homem,

Não querem um novo modelo,

Esquece-se de ousar e questionar,

Como tudo e a maioria...

Sentam na frente da televisão e choram na novela das oito...

André Zanarella 25-07-2013

André Zanarella
Enviado por André Zanarella em 11/07/2014
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