O TEMPO QUE A VIDA TEM

(Sócrates Di Lima)

No tempo o relógio corre,

Passa por cima da vida,

Nada então a socorre,

Perde até a guarida.

No tempo a vida segue,

Mesmo na sua paralela,

Um ao outro persegue,

Como a menina da janela.

Que espera a brisa da tarde,

E o aceno de seu amado,

Com ela a saudade,

Que se esconde no passado.

Ah! O tempo é uma Maria Fumaça,

A locomotiva do destino,

O relógio que sempre ultrapassa,

As vontades de menino.

Você também se foi,

Nem mesmo ser para onde,

Como o tempo e o carro-de-boi,

Que o tempo esconde.

Não se se a vida lhe tem,

Ou se você não tem mais vida...

Porque a vida é um trem,

Que nos leva a uma estação desconhecida.

Então ficou a saudade,

De um tempo de prosperidade,

E tudo que havia de verdade,

Ficou no tempo mas que nunca se acabe.

E nesse tempo que o tempo me cedeu...

Continuo em busca da estação prometida,

Mas, nem sei quanto tempo o tempo me deu,

Para que eu viva minha vida, em outra vida.

Socrates Di Lima
Enviado por Socrates Di Lima em 10/07/2014
Código do texto: T4876487
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